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MATERNIDADE, UM CHAMADO DE DEUS

"E, no sexto mes, foi o anjo Grabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazare, a uma virgem desposada com um homem, cujo nome era Jose, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.
(...)
Disse-lhe, entao, o anjo: Maria, nao temas, porque achaste graca diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberas e daras a luz um filho, e por-lhe-as o nome de Jesus. Este sera grande, e sera chamado filho do Altissimo. E o Senhor Deus lhe dara o trono de Davi, seu pai. E reinara eternamente na casa de Jaco, e o seu reino nao tera fim.
(...)
Disse entao Maria: eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a sua palavra. E o anjo ausentou-se dela." (Lucas 1,26-27.30-33.38)

Queridas maes, Maria foi chamada a ser mae. A maternidade de Maria foi diferente de qualquer outra mulher da face da terra, porque ela foi chamada a ser mae do nosso Salvador Jesus Cristo. Porem, o fato de ser a mae do Filho do Altissimo nao isentou Maria da ocupacao e das preocupacoes inerentes a maternidade. Maria teve que renunciar muitas coisas para assumir essa missao dada por Deus. Mas, ela nao se preocupou com isso e prontamente se colocou a servico: eis aqui a serva do Senhor.
Assim tambem nos devemos nos colocar a servico de Deus, quando somos chamadas a maternidade. Devemos gerar filhos para amar e seguir o Cristo. Essa missao tambem vai exigir de nos compromisso e tambem, como Maria, muitas vezes teremos que abrir mao de certos sonhos, teremos que dizer como Maria: eis aqui a serva do Senhor, acreditando que Deus nunca nos pedira algo para nos anular ou nos fazer infelizes.

Ser mae e gerar filhos para Deus e hoje essa tarefa exige de nos muita coragem. Coragem de ir contra um sistema moderno que quer sempre nos levar a fazer somente a nossa vontade sem nos importar com o que Deus quer de nos.

Tenhamos coragem, como Maria, de dizer sim a Deus. Nao devemos gerar filhos para o mundo, mas gerar filhos para Deus.
Esse e o nosso desafio!
Que Deus, em nome de Jesus, nos abencoe e que o Espirito Santo nos ilumine e nos ensine a ser como Maria, serva do Senhor.
Um grande abraco.


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A intercessão na Família

Se as mães soubessem o valor de suas lágrimas...

A oração de intercessão é profundamente agradável a Deus, pois é desprovida do veneno de nosso egoísmo. Quando rezamos pelos outros, saímos de nós mesmos, de nosso mundinho de mesquinhez e experimentamos o mesmo que Dom Bosco: Deus nos colocou no mundo para os outros.
Jesus viveu para os outros, viveu para o Pai e para nós, esquecendo-se de Si mesmo. Podemos assim dizer que a oração de intercessão é uma oração de pedido que nos conforma perfeitamente com a oração de Jesus. Ele é o único intercessor junto ao Pai em favor de todos os homens. Interceder é pedir em favor de alguém, de maneira especial por aqueles que mais necessitam. Só quem experimentou a misericórdia do Senhor pode interceder com eficácia, pois ninguém pode dar o que não recebeu. É um coração misericordioso que faz nossa oração agradável a Deus.

A intercessão não tem limites, não encontra barreiras, vai a qualquer lugar. Nem o tempo pode contê-la. Pela intercessão pode-se atingir a todos os homens, também os poderosos deste mundo, os nossos inimigos e até mesmo os que negam Jesus e a ele se opõem. A oração constante obtém a misericórdia de Deus, mesmo para os que não são Seus amigos. Por isso, o Senhor lhe diz: Nunca desanime de pedir o meu auxílio. Não abaixe a voz ao suplicar minha misericórdia para o mundo.

O intercessor só pode ser um homem cheio do Espírito, pois o Espírito Santo é o Paráclito, Ele mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. Se estar cheios do Espírito nos leva a interceder, o contrário também é verdade, interceder vai nos fazendo cada vez mais plenos do Espírito Santo; basta que Ele veja um coração determinado à intercessão, que já vem logo ensinar como fazê-lo.

Sinto muita pena quando vou aos encontros de oração e vejo pais e mães aflitos a pedir a outros que intercedam por seus filhos e vice-versa, ou ainda mulheres a pedir por seus maridos, maridos por suas mulheres e assim por diante. Não é mau pedir aos outros que rezem pelos que amamos, o doloroso é perceber que tais pessoas acreditam que nossa oração terá mais força que a delas. É doloroso notar o desânimo e ver que muitos não acreditam que Deus os ouvirá. Esquecem-se do sacramento que os envolve e que os uniu em Jesus para serem família.

O casamento não é para obrigar as pessoas a viver juntas sob o risco de ser condenadas se assim não o fizerem. O casamento é uma graça que capacita os que o receberam a viver o plano de Deus em sua união. Essa graça é eficaz. Ah! Se os pais soubessem o poder de sua intercessão pelos filhos… Se a esposa soubesse o que no Céu acontece quando ora pelo seu marido… Antes de pedir a outros, rezariam eles mesmos por aqueles que Deus lhes confiou.

Depois de suplicar a intercessão do Bispo pelo seu filho Agostinho, que andava perdido, Santa Mônica ouviu de sua boca umas palavras que foram proféticas e que encheram de consolo seu coração: "Vá embora, mulher, que é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas!". Se as mães soubessem o valor de suas lágrimas, não as desperdiçariam entre xingamentos e maldições, mas as ofereceriam a Deus no silêncio de seu coração. Lágrimas de mãe removem montanhas. O sofrimento da esposa converte o marido. Nossas orações são tão preciosas que Deus destinou os anjos para Lhe apresentarem imediatamente as que estamos fazendo. Desde que a oração seja humilde, confiante e perseverante, tudo se alcança. Quanto maior for nossa confiança, tanto maiores serão as graças que alcançaremos, pois uma grande confiança merece coisas grandes.

Do livro: "Quando só Deus é a resposta" - Márcio Mendes Editora Canção Nova
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Apresentação

Somos membros de uma mesma família. A Mônica e a Márcia são irmãs e sobrinhas da Maria Lúcia e da Gláucia. A Gláucia é cunhada de Maria Lúcia. E a Marcilena é cunhada da Mônica e da Márcia. E todas somos irmãs em Cristo, unidas pela fé e pela vontade de interceder pelos nossos filhos e por todos os filhos do mundo inteiro.
Aqui poderemos fazer um espaço para todas as mães que desejam, em nome de Jesus Cristo, clamar a Deus por nossos filhos e filhas. Podemos desafiar um mundo que tem reservado para a vida dos nossos inocentes a violência, seja física, moral e sexual, o destempero, o descompromisso e a indiferença com a vontade de Deus.
Mas, muito mais, poderemos experimentar as maravilhas de Deus já agora, nessa vida. Se tivermos a coragem e a loucura de acreditar, veremos o quanto Ele é capaz.
A exemplo de Ana, entreguemos os nossos filhos a Deus desde cedo:

"E Ana disse-lhe: 'Ouve, meu Senhor, por tua vida, eu sou aquela mulher que esteve aqui em sua presença orando ao Senhor. Eis aqui o menino por quem orei: o Senhor ouviu o meu pedido. Portanto, eu também o dou ao Senhor: ele será consagrado ao Senhor para todos os dias da sua vida.' E prostaram-se naquele lugar diante do Senhor."
I Samuel 1, 26-28


Eu, Mônica, nascida de uma família cristã católica, sempre observei a atitude intercessora de minha
mãe, Maria Irany. Minha criação, como de todas do grupo, foi orientada para a fé em Deus e em seu Filho Jesus Cristo que nos
enviou o Espírito Santo.
As orações em família em torno da Palavra de Deus presente no Evangelho, nas leituras e nos salmos, bem como a
oração do terço, era uma constante entre nós.
Creio, então, que desde cedo o Espírito Santo vinha preparando este momento.
Antes de morrer minha mãe (falecida em 08 de julho de 2007) disse que estava preocupada com os netos, porque
percebia que eles não estavam lendo a Bíblia.
Eu, então, me propus a ajudá-la. Isso se deu com os encontros de jovens em família, que continuam até hoje.
Mas, um dia, eu não consegui dormir, porque senti que Deus queria mais.
Era preciso ser mais orante. Deus me pedia a oração. E, logo após a morte de minha mãe, problemas surgiram na família que nos impulsionaram a iniciar esse contato mais íntimo com Deus por meio da intercessão.
Foi, então, que no início de 2008 convidei as mães para orarmos por nossos filhos.
Inicialmente pensei em dois nomes: Quando as mães se ajoelham, Deus se levanta e Mães de joelho filhos de pé.
Todas optaram pelo segundo nome:
MÃES DE JOELHO FILHOS DE PÉ
Iniciamos nossa jornada de oração, que graças a Deus já conta com frutos.
A volta de um filho que estava longe de casa e de Deus e o início de um novo grupo que se reúne no meu local de trabalho.
Sim, é necessário que rezemos por nossos filhos.
Essa caminhada não é impossível, mas no caminho aparecem as pedras e as dificuldades que exigem de nós muita determinação, coragem, compromisso e sobretudo fé em Deus.
Houve um ponto que o nosso propósito parecia enfraquecer, os afazeres do cotidiano foram nos distanciando e os encontros foram ficando mais espassados.
E logo percebemos que as preocupações do mundo estavam nos distraindo. Mas, o Senhor vem sempre em nosso auxílio e nos chama de volta. Então combinamos que, em alguns momentos, quando a dificuldade de nos encontrarmos aparecesse, cada uma poderia fazer a oração em sua casa e combinávamos fazer as mesmas orações ou novenas. Depois, vimos que a união nos dá mais força e ânimo e que realmente os encontros devem acontecer.
Essa intercessão tem que ser incessante e confiante.
Por isso pensamos em reunir mais pessoas para fortalecer essa corrente de oração.
Contamos com todas as mães que também sentem necessidade de orar ou de pedir pelos filhos, que vivem a luta do dia a dia e precisam de ajuda.
Nossa juventude precisa de nós. A juventude perdida, violenta e violentada em seus direitos, precisa de mães lúcidas, fortes e compromissadas com essa missão deixada por Deus, a de ser mãe.
E nós, mães, orientadas pelo Espírito Santo de Deus, enviado por Jesus Cristo, saberemos como pedir pelos nossos filhos, e mais, saberemos como orientá-los como convém a Deus.

OBRIGADA a DEUS, NOSSO QUERIDO PAI, que compartilha essa alegria de ter filho.
OBRIGADA pelo Seu FILHO JESUS CRISTO que nos ensinou e nos mostrou como é ser filho.
OBRIGADA pelo ESPÍRITO SANTO que vem em nosso encontro, nos revelando como é possível viver como filhos de Deus.
Obrigada a Deus pela minha família, pelos meus filhos.
Obrigada, Cláudio, filho de uma mãe intercessora, pela força que você está nos dando.